Perturbação Mental

 Perturbação mental 

Os problemas de saúde mental podem incluir alterações do pensamento, do humor, da energia e/ou do comportamento, traduzindo-se em sinais e sintomas. Quando adquirem intensidade severa ou persistem no tempo, aliadas ao sofrimento e/ou disfunção, podem ser diagnosticadas como uma perturbação mental. Nestas incluem-se as perturbações de ansiedade, do humor (depressão, perturbação bipolar), perturbação obsessivo-compulsiva, as psicoses, a esquizofrenia, entre outras.

Tipos de Perturbações Mentais

Adições/Dependências

Os comportamentos aditivos/dependências são uma condição complexa, que se manifesta pelo uso compulsivo de substâncias (álcool, drogas ou tabaco) ou ferramentas (p.ex: internet) e por comportamentos repetidos (p.ex: jogo patológico), apesar dos seus efeitos nefastos para a saúde. As pessoas com dependências sentem um desejo intenso por determinada substância ou atividade e têm dificuldade em deixar de a consumir/realizar.  

Ao longo do tempo, vão desenvolvendo uma certa tolerância, o que faz com que precisem de quantidades cada vez maiores.

Em algumas destas substâncias desenvolve-se também uma dependência física, o que se traduz pelo aparecimento de sintomas de abstinência quando o consumo é reduzido ou interrompido subitamente. De um modo geral, as pessoas começam a consumir estas substâncias pelas mais variadas razões: para se sentirem melhor, para terem um melhor desempenho, por curiosidade ou por influência dos outros.

Ansiedade

O que é a ansiedade?

Ansiedade é uma sensação comum, que a maioria de nós já sentiu. Surge em situações em que existe uma possível ameaça, seja esta real ou imaginária. Muitas vezes a ansiedade é útil porque funciona como um sistema de alerta do nosso corpo, deixando-nos mais preparados para lidar com qualquer imprevisto que possa acontecer. 

Quando encontramos situações que nos deixam desconfortáveis e parecem estar fora do nosso controlo podem surgir alguns sintomas como suores, palpitações, tensão nos músculos, etc. Também é comum quando estamos ansiosos, ou mesmo com medo, pensar que não vamos ser capazes de resolver o problema, que alguma coisa negativa vai acontecer. 

Por vezes a ansiedade surge demasiadas vezes ou de forma muito intensa, perdendo o seu papel protetor de alerta. Os sintomas podem ser tão intensos que se tornam assustadores e nos levam a pensar que vamos perder o controlo sobre nós próprios, o nosso corpo ou a nossa vida. Esta ansiedade exagerada causa sofrimento e pode significar que existe uma doença. 


 O que é mais frequente sentir quando se está ansioso?

  1. Suores, boca seca, visão turva, tonturas, dores de cabeça, 
  2. Enjoos, náuseas, vómitos, diarreia ou obstipação, aerofagia (“arrotar”) ou flatulência,
  3. Vontade de urinar frequente, 
  4. Temor, tensão/dor muscular, inquietação ou sensação de corpo preso/bloqueado 
  5. Palpitações no coração ou dor no peito, dificuldade em respirar 
  6. Dificuldade em concentrar-se, alterações da memória
  7. Sensação de instabilidade, irritabilidade
  8. Medo de perder o controlo, de ficar louco, ou mesmo de morte a qualquer momento

Depressão

A tristeza ou o desânimo podem surgir depois de um acontecimento de vida específico (habitualmente negativo). Têm a duração de poucos dias e num curto espaço de tempo são atenuados.

Na depressão, nem sempre existe um acontecimento associado e estes sintomas mantêm-se no tempo, com intensidade progressiva e interferem no dia-a-dia, provocando grande sofrimento para o próprio e preocupação para os que o rodeiam.

Quais são os sintomas que podem surgir na Depressão?

  1. Tristeza persistente, ou até uma "sensação de vazio"
  2. Falta de esperança ou pessimismo
  3. Choro fácil
  4. Falta de interesse ou prazer com qualquer atividade
  5. Cansaço e/ou falta de energia
  6. Irritabilidade
  7. Sentimentos de culpa, ruína, "de que não vale a pena"
  8. Preocupações e/ou medos infundados de tudo
  9. Ideias de agressão ao próprio, de morte e de suicídio
  10. Perda do apetite e do peso (ou aumento)
  11. Dificuldade em adormecer ou acordar muito cedo; ou até excesso de sono
  12. Diminuição do desejo e funcionamento sexual
  13. Alterações da atenção, concentração e memória
  14. Queixas psicossomáticas (por exemplo: queixas de dores, queixas digestivas)
  15. Ideias de convicção inabalável sobretudo negativas
  16. Em casos mais graves, pode mesmo ouvir vozes sem estar ninguém presente, sobretudo com conteúdo negativo 



Demência

O que é?

Entende-se por demência o declínio de uma ou várias funções cognitivas, como a memória, a atenção, a linguagem ou a execução e planeamento de tarefas, em grau suficiente para perturbar o normal funcionamento do indivíduo nas suas atividades diárias.

Embora muito variável na apresentação clínica, a primeira queixa referida por parte dos doentes ou familiares é frequentemente o esquecimento. Contudo, manifestações psiquiátricas como alterações na personalidade, sintomas psicóticos, alterações do humor, do comportamento, do sono e do apetite, também são frequentes e podem ser a primeira manifestação da doença. Embora existam exceções, o curso natural da demência é habitualmente progressivo e irreversível, constituindo uma das principais causas de incapacidade e uma fonte de sobrecarga importante para os cuidadores e serviços de saúde.

A idade é o principal fator de risco para o desenvolvimento de demência, pelo que a prevalência mundial desta condição tem vindo a aumentar, acompanhando o aumento da esperança média de vida da população.

Existem outros fatores de risco para o desenvolvimento de demência como a diabetes, hipertensão, hipercolesterolemia, sedentarismo, obesidade e tabagismo, sendo de extrema importância a manutenção de um estilo de vida saudável para atrasar o início de um eventual processo demencial.

Como distinguir a perda de memória normal da demência?

O envelhecimento é um processo contínuo. A partir da 2ª década de vida, verifica-se uma lenta perda de capacidades cognitivas, sendo uma das marcas do envelhecimento normal a redução na velocidade do processamento mental.

Por declínio da memória associada à idade entende-se um ligeiro compromisso desta função, em pessoas com idade ≥ 50 anos por comparação a indivíduos jovens. Por norma, na demência existem alterações na memória mais acentuadas do que seria expectável para a idade da pessoa.

Se tiver alterações de memória a que médico me devo dirigir?

Se tiver queixas de memória deverá dirigir-se ao seu médico de família, fazendo-se acompanhar por familiar ou outra pessoa próxima. É feita uma avaliação pelo médico, que recolhe informações das diferentes pessoas e, caso haja indicação, é feito encaminhamento para consulta de especialidade.

O diagnóstico de Demência deverá ser realizado em consulta de Psiquiatria ou Neurologia. O reconhecimento precoce desta patologia é de extrema importância, pois possibilita à pessoa com demência e aos seus cuidadores uma melhor organização e planeamento na tomada de decisões com respeito ao futuro. Possibilita igualmente o início mais precoce do tratamento, eficaz no alívio de sintomas e na preservação de capacidades.

Tipos de demência:

Demência de Corpus Lewis

Demência de Alzheimer

Demência Vascular 

Demência Fronto Temporal

Esquizofrenia


O que é?

A esquizofrenia é uma doença mental crónica que afeta o pensamento, a perceção ("sentidos"), as emoções e o comportamento. Estima-se que possa ocorrer em cerca de 1% da população, surgindo normalmente entre o final da adolescência e o início da idade adulta.

Sintomas

O diagnóstico é geralmente feito num período em que os sintomas se tornam mais exuberantes, o chamado "primeiro episódio psicótico". Em alguns casos, a doença pode surgir de forma mais repentina mas, na maioria das pessoas, ocorrem alterações subtis meses a anos antes de um primeiro episódio e há um declínio gradual no funcionamento habitual da pessoa.

Alguns dos sintomas iniciais que poderão estar presentes são:

  1. Isolamento social
  2. Hostilidade ou desconfiança
  3. Negligência dos hábitos de higiene
  4. Diminuição da expressão emocional
  5. Sintomas depressivos
  6. Hipe sonolência ou insónia
  7. Discurso irracional ou bizarro
  8. Dificuldade de concentração
  9. Hiper-reactividade à crítica

Existem vários sintomas caraterísticos da esquizofrenia como os delírios, alucinações, discurso e comportamento desorganizado. Uma pessoa pode ter a doença e não manifestar todos estes sintomas, e alguns deles podem só surgir mais tardiamente.

Delírios

São crenças irrealistas ou fantasiosas nas quais o doente acredita com toda a sua convicção - "ideias fora da realidade" - não explicadas pelo contexto cultural. Por exemplo, a pessoa pode estar convencida que está a ser perseguida, vigiada, filmada, que conspiram contra si, que a querem envenenar ou prejudicar de alguma forma. Podem ainda acreditar que pessoas nas televisões, jornais ou internet estão a comunicar consigo ou que existem códigos secretos em objetos comuns que só eles conseguem descodificar.

Estas ideias invadem e dominam o pensamento das pessoas com esquizofrenia, causando sofrimento, medo, angústia e tensão.

Alucinações

Uma alucinação define-se como o experienciar através dos sentidos de algo que não existe no mundo exterior. Isto é, as pessoas podem ouvir ou ver coisas que não existem ou não estão presentes, como vozes de pessoas conversando entre si ou que se referem ao próprio, insultando-o ou dando-lhe ordens. Podem ver vultos ou imagens de pessoas, com as quais tentam conversar e interagir. Podem ainda sentir cheiros ou sabores estranhos, sentir choques ou bichos a moverem-se na pele ou sentir que os órgãos estão a ser puxados.

Tal como no delírio, as alucinações podem dominar o dia-a-dia das pessoas com esquizofrenia e influenciar o seu comportamento.

Discurso desorganizado

A desorganização do pensamento é um sintoma característico da esquizofrenia. Na prática, pode ser reconhecido pela forma como a pessoa fala. A esquizofrenia interfere com a capacidade de concentração e de manter o curso do pensamento. As pessoas poderão falar de forma incoerente, pouco lógica, responder de forma inadequada a uma pergunta ou passar de um tópico para outro sem qualquer relação entre eles. Podem ainda utilizar palavras inventadas por si.

Podem experienciar estes fenómenos e referir-se a eles como pensamento enevoado, turvo ou névoa; sensação de bloqueio ou paragem das ideias. Paralelamente, podem ter a sensação de que os seus pensamentos podem ser lidos, roubados, inseridos ou controlados por outras pessoas, ao que se chama de alienação do pensamento.

Comportamento desorganizado

A esquizofrenia tem um impacto importante no funcionamento global da pessoa interferindo na capacidade de se auto cuidar, trabalhar e interagir com os outros. O comportamento desorganizado pode ser identificado como:

  1. Declínio no funcionamento global
  2. Respostas emocionais imprevisíveis ou inadequadas
  3. Comportamentos que podem parecer bizarros e sem propósito
  4. Ausência de inibição ou controlo dos impulsos

Sintomas negativos

Os sintomas negativos da esquizofrenia referem-se à redução ou ausência de determinadas caraterísticas que estão presentes em pessoas saudáveis. Exemplos:

  1. Ausência de resposta emocional - face pouco expressiva, tom de voz monocórdico, ausência ou dificuldade no contacto visual.
  2. Ausência de interesse/entusiasmo - menor motivação para as atividades de vida diária e isolamento dos amigos e familiares.
  3. Dificuldade e alterações do discurso - Dificuldade em estabelecer e manter uma conversação, tom monótono do discurso, respostas curtas e por vezes descontextualizadas.

Sintomas cognitivos

É frequente a existência de alterações da cognição tais como:

  1. Dificuldades de concentração
  2. Problemas de memória, em particular da memória a curto prazo (memória de trabalho)
  3. Dificuldades no planeamento e estruturação de atividades
  4. Ausência de crítica para a doença, isto é, uma dificuldade no reconhecimento de que se está doente. Esse é um dos principais fatores que leva ao abandono do tratamento, tendo os familiares e amigos um papel fundamental na promoção da continuidade da terapêutica e do acompanhamento em consulta.

Causas

A causa exata da esquizofrenia é desconhecida. A investigação nesta área sugere que seja causada por uma combinação de vários fatores genéticos, biológicos e ambientais.

Existem vários fatores de risco que aumentam a probabilidade de uma pessoa ter esquizofrenia. Contudo, não se sabe ao certo porque é que algumas pessoas desenvolvem a doença e outras não.

  1. Fatores Genéticos: sabe-se que familiares em primeiro grau de um doente com esquizofrenia têm maior probabilidade de desenvolver a doença do que as pessoas em geral. Por outro lado, o modo de transmissão genética da esquizofrenia não está esclarecido. É provável que exista uma combinação de diferentes genes que podem tornar uma pessoa mais vulnerável a ter a doença.
  2. Fatores ambientais: parece existir uma maior probabilidade de desenvolver esquizofrenia em pessoas que durante a sua gestação sofreram de complicações da gravidez ou do parto, tais como infeções e desnutrição na gravidez, parto prematuro, baixo peso ao nascer e asfixia no parto. Viver em ambientes sociais de pobreza e grande stress também poderão ser fatores de risco ambientais.
  3. Alterações bioquímicas cerebrais: os neurotransmissores são moléculas que permitem às células cerebrais comunicarem entre si. Na esquizofrenia há evidência de uma alteração a nível de diversos neurotransmissores.
  4. Uso de drogas ilícitas: As drogas ilícitas, incluindo a cannabis, também foram associadas ao surgimento de esquizofrenia em pessoas vulneráveis. Quanto mais precoce e mais frequente o uso de cannabis, maior o risco.

Perturbação Bipolar

O que é a Perturbação Bipolar?

A Perturbação Bipolar é uma perturbação psiquiátrica caraterizada por alterações acentuadas do humor e da energia, com episódios de intensa depressão e outros de extrema euforia, chamados episódios de mania. Podem ocorrer também episódios mistos, nos quais estão presentes tanto sintomas depressivos como maníacos.

Estes episódios podem ser acompanhados por desorganização do pensamento e do comportamento e interferem frequentemente com a rotina diária pessoal, profissional e familiar do doente.

Cerca de 3% a 5% da população em todo o mundo sofre de perturbação bipolar. Pode ter início em qualquer altura da vida, mas surge mais frequentemente em jovens adultos e raramente em crianças.

A apresentação da doença é muito variável. Os episódios podem ser leves, moderados ou graves, ocorrer de uma forma esporádica, cíclica, ou por vezes consecutiva, sem intervalos. Existem, no entanto, períodos livres de sintomas, em que o humor está a funcionar de forma adequada.

A perturbação bipolar é uma doença crónica, que pode evoluir para formas mais graves se não for devidamente tratada.

O que causa a Perturbação Bipolar?

São conhecidos vários fatores que podem predispor a esta condição clínica. No entanto, ainda não são totalmente compreendidos os mecanismos cerebrais que determinam o aparecimento desta perturbação.

  • Fatores genéticos: ter um familiar próximo com Perturbação Bipolar aumenta o risco de sofrer desta doença - contudo, não foi identificado um gene responsável.
  • Fatores ambientais: em pessoas que apresentam suscetibilidade para a doença, a vivência de circunstâncias muito stressantes (como a morte de alguém próximo, uma separação ou problemas financeiros) pode atuar como um gatilho e desencadear episódios sintomáticos.
  • Alterações cerebrais: são vários os estudos científicos que estão a decorrer para entender o funcionamento do cérebro na perturbação bipolar. Muitos apontam para que existam alterações ao nível de circuitos cerebrais que dão origem aos episódios de mania e depressão, bem como desequilíbrio de vários neurotransmissores.

É importante referir que a Perturbação Bipolar não é um sinal de fraqueza de caráter, nem está dependente da vontade de cada um. Tal como acontece com outras doenças, como a Diabetes ou Hipertensão Arterial, a pessoa não escolhe ser portador desta condição clínica.

Que tipos de Perturbação Bipolar existem?

Existem diferentes tipos de Perturbação Bipolar, dependentes da gravidade dos sintomas e da sua duração. Tradicionalmente distinguem-se dois tipos:

  • Na Perturbação Bipolar tipo I os doentes apresentam pelo menos um episódio de mania e este episódio dura pelo menos uma semana; também podem apresentar episódios depressivos, com duração de pelo menos duas semanas. Esta é a forma mais grave de Perturbação Bipolar.
  • A Perturbação Bipolar tipo II carateriza-se essencialmente por episódios de depressão com períodos ocasionais de euforia, que não têm a gravidade e o impacto suficientes para serem considerados episódios maníacos.

Que sintomas estão presentes na Mania?

O doente em mania sente-se com mais energia, alegre, comunicativo, confiante e criativo. Há ainda uma diminuição da necessidade de dormir e do número de horas de sono.

Este aumento da energia traduz-se pela tentativa de realizar várias tarefas ao mesmo tempo sem as conseguir terminar, e elaborar muitos planos para o futuro. As decisões são tomadas de forma muito otimista, sem ponderar corretamente as suas consequências, o que pode resultar em gastos excessivos de dinheiro ou alterações dos seus hábitos sexuais.

É característico das pessoas em episódio maníaco falarem muito rápido, saltando de tema em tema sem deixarem que as interrompam; sentirem os pensamentos acelerados ou surgirem muitos pensamentos em simultâneo; por vezes podem ter ideias exageradas de grandeza ou de perseguição, ou mesmo verem ou ouvirem coisas que outros não vêm nem ouvem.

Que sintomas estão presentes na Depressão ( doença Bipolar)?

A depressão na Doença Bipolar pode ser semelhante a uma Depressão Major.

Os principais sintomas são tristeza, que se prolonga no tempo, com diminuição da energia, cansaço, falta de concentração e dificuldade em realizar as atividades habituais. Os pensamentos correm de forma lenta. O pessimismo invade todas as esferas da vida, fazendo com que o doente se sinta inútil, inseguro e sem esperança no futuro. Podem surgir sentimentos de culpa e de ruína exagerados, que ultrapassam a realidade.

Torna-se difícil o relacionamento social, havendo tendência a evitar o convívio com outras pessoas. Associam-se com frequência alterações do sono e do apetite e diminuição do desejo sexual. Podem ocorrer ideias de autodestruição e ideação suicida.

Que sintomas estão presentes num episódio Misto?

Podem surgir episódios em que coexistem sintomas de mania e de depressão, designados por episódios mistos. Nestas situações, o doente está frequentemente excitado e agitado, tem energia e necessidade de realizar muitas tarefas ou de estar ocupado, mas sente-se depressivo e sem esperança no futuro. Pode existir um grande nível de irritabilidade, capaz de pôr em risco o próprio doente e terceiros.

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